A maioria dos aspiras ingressa no maravilhoso mundo das apresentações em congressos através dos pôsteres. Logo, aprender técnicas adequadas a esse tipo de comunicação é fundamental para fazer um nome na Academia.
Índice:
- Como fisgar visitantes?
- Como é estrutura clássica de um pôster científico?
- Como diagramar um pôster?
- Como usar as cores?
- Como fazer as figuras?
- Quais são os erros mais comuns em apresentações de pôsteres?
- Estruturas não-convencionais podem ser uma boa pedida!
- E depois que você fisgar o visitante?
- Dica final
- Sugestões de leitura
- Exemplos de pôsteres científicos bem-sucedidos em eventos reais
Existem várias formas de comunicação científica, tanto escritas quanto orais. Os pôsteres as misturam. Portanto, a elaboração de um pôster deve levar em conta tanto técnicas de redação quanto de oratória. Além disso, as técnicas usadas para fazer banners, cartazes e outdoors (billboards, para o resto do mundo; por que inventamos um inglês só nosso? rs) também ajudam muito a passar a sua mensagem de forma eficiente.
A sua mensagem, portanto, deve ser transmitida principalmente de forma visual através do pôster em si. Mas ela deve ser complementada com um bom elevator pitch, sempre que alguém demonstrar interesse por mais informações. Se o pôster fisgar e o pitch cativar a pessoa, você conseguirá ter uma conversa mais longa com ela. Esse é o objetivo.
Vale lembrar ainda que cativar o público não é fácil dadas as condições peculiares das sessões de pôsteres. Geralmente, elas ocorrem em espaços lotados e abafados, com dezenas, centenas ou mesmo milhares de outros pôsteres sendo apresentados junto com o seu. E você compete por atenção também com cocktails e cafezinhos.
Por falar em bebidas, na verdade, a maioria das pessoas que comparece a uma sessão de pôsteres está a fim mesmo é de socializar. Portanto, chamar a atenção e conseguir boas discussões é um baita desafio.
Apesar dessas condições desafiadoras, os pôsteres têm uma grande vantagem em relação às palestras: eles permitem uma interação mais pessoal, espontânea e com menos restrição de tempo. O grande pulo do gato é saber como atrair os visitantes no meio da multidão.
Portanto, dominar esse tipo de marketing é essencial para aspiras que estão buscando seu espaço na comunidade científica. Até mesmo porque a grande maioria só ganha espaço em congressos nas sessões de pôsteres. Palestras são reservadas para quem já está mais avançado na carreira, fez descobertas impactantes ou simplesmente é amigo das pessoas certas. Só que mesmo os faixas pretas apresentam pôsteres de vez em quando.
Vale destacar, ainda, que um pôster e um resumo em um congresso não são publicações de verdade. Um pôster é apenas uma propaganda do seu trabalho, que tem a função de deixar as pessoas ansiosas pelo artigo ou livro de verdade. Igualzinho a um outdoor, chamando a atenção para uma loja ou produto. Já o resumo entra para os anais do evento, que nada mais são do que uma memória escrita das atividades realizadas. Por isso não tem problema apresentar pôsteres de trabalhos já publicados; muito pelo contrário.
Como fisgar visitantes?
Basicamente, através de um excelente design.
Como dito anteriormente, muitas vezes os pôsteres são apresentados em condições adversas e enfrentam uma competição brutal por atenção. Via de regra, você terá apenas uma hora ou duas para atrair o máximo possível de visitantes, fazer novos contatos com colegas interessados nos mesmos temas e ter pelo menos uma conversa mais aprofundada.
Sendo assim, como é possível se destacar na multidão? Há três maneiras principais:
- Fazendo ótimas ilustrações: ilustre seu trabalho com figuras realmente bonitas, de preferência coloridas, como fotos de alta qualidade (alta resolução, boa nitidez e bom enquadramento) e gráficos bem feitos. É preciso que uma figura central no pôster fisgue os visitantes à distância, fazendo-os ignorar os trabalhos ao redor e compelindo-os a se aproximar do seu pôster. Entretanto, não apele, pois apelações atraem visitantes, mas destroem reputações. Por exemplo, evite usar fotos ou frases que choquem a maioria das pessoas (nu, violência, escatologia, termos chulos etc.);
- Criando um título instigante: crie um título conciso, informativo e chamativo, como uma boa manchete de jornal. Use palavras que chamem a atenção e despertem curiosidade. Prefira os termos que estão na moda na sua área de pesquisa (buzzwords). Use fontes grandes no título e um fundo diferente do resto do pôster, a fim de dar maior ênfase à sua manchete. O título é a segunda isca, quase tão importante quanto as figuras centrais;
- Usando as cores de forma inteligente: use um esquema de cores que seja ao mesmo tempo atraente, mas não canse o leitor. Use cores mais quentes nas bordas e cores mais frias para contrastar com o texto. Use as cores também para se comunicar: cores similares para coisas similares. Por exemplo, se estudou três espécies, use uma cor para cada uma, repetindo essas cores coerentemente em figuras e textos.
Como é estrutura clássica de um pôster científico?
A maioria dos pôsteres é estruturada usando o esqueleto clássico dos artigos acadêmicos, conhecido como IMRAD: introdução, métodos, resultados & discussão. Mas rolam variações.
Por exemplo, não se incluem resumos, citações e nem palavras-chave (que entram apenas no resumo destinado aos anais do evento). Além disso, é melhor evitar criar uma seção inteira para a discussão: discuta em uma frase curta cada resultado e inclua uma seção à parte apenas com as conclusões principais.
Contudo, você não precisa necessariamente seguir a enfadonha estrutura IMRAD. Eu, por exemplo, prefiro estruturar pôsteres usando contação de estórias (storytelling), que é baseada na estrutura ADAR: abertura, desafio, ação & resolução. Veja ao final deste post vários exemplos de estruturas mais criativas e eficientes para fugir da chatice acadêmica.
Como diagramar um pôster?
A diagramação de um pôster deve ser bem diferente da de um artigo. Leve em conta os seguintes pontos:
- Destaque o título: permita que um visitante em potencial saiba facilmente do que trata o trabalho. Muitas pessoas também colocam uma foto do apresentador perto do título para facilitar sua identificação no local, pois geralmente colegas de instituições diferentes só se conhecem pelos sobrenomes, não pelos rostos;
- Destaque os objetivos e as conclusões: a maioria das pessoas quer saber essas duas coisas primeiro, logo de cara, para decidirem quanta atenção darão a um determinado pôster;
- Use fontes grandes: por exemplo, 30 pt para o texto, 50 pt para os cabeçalhos e 100 pt para o título. Uma pessoa deve ser capaz de ler o pôster confortavelmente a 1,5 m de distância ou mais. Cuidado com fontes incomuns, que podem não estar disponíveis na gráfica da esquina. Dê preferência a fontes não serifadas (sem ornamentos), tais como Arial, pois elas facilitam a leitura à longa distância. Evite misturar fontes muito diferentes;
- Esquematize bem as seções: elas devem estar bem separadas uma das outras, a fim de facilitar para o visitante reconhecer onde está cada seção do trabalho. Costuma-se dividir um pôster vertical em três colunas, para que fique mais amigável à leitura;
- Ilustre bem as suas ideias: as figuras devem ser atraentes o suficiente para chamarem a atenção de visitantes que nem mesmo sabem qual é o tema do pôster. Tome cuidado com o contraste do pôster, de modo que o texto fique bem legível e o esquema de cores esteja combinando. Prefira fundos lisos ou com texturas simples, nunca com figuras complexas. Use cores quentes, como vermelho, amarelo ou laranja para as molduras, e cores frias, como branco e cinza, para os fundos. Uma boa estratégia é colocar a principal ilustração do seu trabalho bem no meio do pôster;
- Use pouco texto: um bom pôster deve ter pouco texto. Muito, muito menos do que um artigo. É preferível usar frases telegráficas, diretas e curtas, organizadas em tópicos, ao invés de orações longas e estruturas complexas. Se possível, organize e apresente a lógica argumentativa da introdução, objetivos e conclusões na forma de diagramas. Se quiser fazer citações, faça poucas.
Como usar as cores?
Pode parecer bobagem, mas é muito importante planejar bem o esquema de cores de um pôster. Há toda uma psicologia por trás delas, que influencia a nossa forma de receber, processar e guardar uma mensagem.
Um pôster precisa ser ser bonito e também causar a impressão visual correta, de acordo com o impacto que você quer causar no público. Enquanto um esquema de cores pode fazer os espectadores se entediarem, outro pode deixá-los atentos.
Leve em conta também o “humor” do tema ao definir o esquema de cores. Um pôster sobre um tema pesado como o câncer talvez não fique bem com um esquema amarelo-e-vermelho a la McDonald’s.
Use as cores também para definir visualmente os personagens da estória que você está contando. Por exemplo, se usar uma cor para se referir a uma determinada espécie modelo, use essa mesma cor em todos os elementos em que ela for mencionada: texto, gráficos, mapas etc.
Como fazer as figuras?
As figuras são peças-chave em um pôster e devem ter um grande destaque (veja um outro guia sobre figuras). São elas que, em um primeiro momento, fisgarão os visitantes.
Em um segundo momento, são as figuras que vão ajudar a entender seu trabalho e dar sustentação aos seus argumentos, de maneira muito mais eficaz do que os textos, quando bem combinadas com os diagramas e esquemas.
Portanto, capriche e nunca deixe de citar as fontes das figuras que pegar emprestadas. Plágio, mesmo que de uma ilustração, é uma desonra para um cientista.
- Fotos: use apenas fotografias de alta qualidade, com tema bem definido, alta resolução, bom contraste, bom brilho e boa nitidez. Se você só tiver fotos ruins, deixe-as de lado e use apenas gráficos e esquemas;
- Desenhos: em alguns casos, desenhos podem ser mais úteis do que fotos. Fotos ganham pela realidade, enquanto a vantagem dos desenhos é permitir ressaltar alguma estrutura fundamental do organismo de interesse. Use-os sempre que possível, mas apenas se souber desenhar bem ou puder contratar um ilustrador;
- Gráficos: faça gráficos simples e elegantes. Lembre-se de que um gráfico precisa ser auto-explicativo, especialmente em um pôster, onde ninguém quer parar para ler uma legenda;
- Esquemas: se possível, apresente os seus argumentos centrais na forma de esquemas, como fluxogramas, diagramas de Venn ou outros. Eles tornam muito mais rápido e fácil entender a lógica das interpretações que você fez;
- Legendas: se quiser mesmo usá-las, faça-as muito concisas. Elas são desnecessárias em um pôster, mas, quando usadas, devem chamar a atenção para a moral da estória. No fundo, você é a legenda do seu pôster.
Quais são os erros mais comuns em apresentações de pôsteres?
Há vários erros muito recorrentes nos pôsteres em congressos. Aqui apresento alguns deles:
- Ficar na frente do pôster durante a sessão: este é um erro tolo, mas infelizmente muito comum. Como alguém pode ser atraído e ler o seu pôster, se você ficar na frente dele, cobrindo-o? Tome cuidado especialmente quando organizarem os cavaletes em zigue-zague no local da sessão;
- Ficar de papo furado durante a sessão: um outro erro tolo, geralmente associado ao anterior, é ficar de conversinha com amigos ao lado do pôster, deixando seus visitantes constrangidos de interagirem contigo. Pior ainda é encarar a sessão de pôsteres como balada, aproveitando para trocar handles de redes sociais e fazer novos “contatinhos”. Congresso é trabalho, nunca se esqueça disso;
- Escrever um pôster como se escreve um artigo: muitas pessoas enchem seus pôsteres de texto, tornando-os insuportavelmente densos para a situação. Isso só serve para afastar visitantes. Lembre-se: você estará ao lado do pôster durante a sessão e, portanto, poderá explicar muitas coisas oralmente;
- Subestimar a importância da diagramação: tão importante quanto fazer um bom roteiro e ter um bom conteúdo é saber organizar bem as partes de um pôster. Gaste um bom tempo pensando em como diagramar seu pôster, de modo que ele seja fácil de ler e atraente ao mesmo tempo. Não deixe espaços vazios mal planejados, não use as bordas e alinhe bem os elementos;
- Subestimar a importância da palheta de cores: muito cuidado com as cores! Combine bem os tons usados na palheta do pôster, tornando-a eficiente para estimular as emoções corretas e, assim, passar a mensagem desejada;
- Usar um papel ruim: se possível, imprima o pôster em um material resistente, difícil de amassar e que dê boa nitidez às figuras. Papéis muito brilhantes, como o “glossy”, devem ser evitados em ambientes muito iluminados, pois podem ofuscar o conteúdo;
- Usar fontes pequenas: não adianta o pôster estar bonito, se as fontes forem pequenas demais para serem lidas a 1,5 m de distância. Isso afugentará os visitantes;
- Não fazer um test-drive: antes de mandar o pôster para a impressão definitiva, imprima pelo menos uma versão em A4 para fazer um test-drive e ver se está tudo funcionando bem no mundo real, fora da tela do computador;
- Perder o pôster: já testemunhei histórias de horror de gente que perdeu o pôster a caminho do congresso. Isso acontece especialmente em viagens de avião, quando nos obrigam a despachar o tubo com o pôster dentro. Hoje é possível até mesmo imprimir pôsteres em tecido (poliéster), o que permite que sejam dobrados e guardados na bagagem de mão durante a viagem, evitando extravio e danos.
Estruturas não-convencionais podem ser uma boa pedida!
Cientistas são famosos por produzirem pôsteres feios, sem sal, enfadonhos. Raramente a gente vê um pôster bom em um congresso acadêmico. Pense bem: isso é ótimo, porque significa que é fácil brilhar, se você pensar fora da caixinha.
Se você decidir ousar, tente aplicar técnicas usadas nas áreas de comunicação e marketing, que produzem pôsteres muito melhores do que as ciências naturais. Veja, por exemplo, alguns layouts sensacionais disponíveis em plataformas como Piktochart e Canva.
E por que não fazer o seu pôster de uma maneira realmente ousada, como um grande infográfico? Veja algumas possibilidades nos exemplos dados ao final deste post.
E depois que você fisgar o visitante?
Lembre-se: você não quer apenas fisgar os visitantes. Você quer também que eles leiam o seu pôster com atenção, fiquem intrigados com o seu trabalho e mal possam esperar para ler o artigo ou livro relacionado. Isso aumentará muito o impacto do seu trabalho.
Além disso, bons pôsteres ajudam a construir uma boa reputação como cientista iniciante. Portanto, além de ser bem elaborado, seu pôster deve ter um bom conteúdo. Não adianta usar um belo pacote para embalar um presente ruim.
Uma técnica de propaganda moderna é incluir no pôster um QR code para o artigo ou livro principal, o site do laboratório ou qualquer outro material importante. Assim, o visitante precisa apenas escanear esse código para ter acesso imediato ao conteúdo estendido via smartphone ou tablet.
Dica final
Não entregue o ouro ao bandido! Como já disse, não apresente trabalhos preliminares.
Primeiro, porque eles não estão concluídos, então ainda podem aparecer resultados conflitantes e as conclusões deles podem mudar.
Segundo, porque alguém pode roubar sua ideia! Enquanto não publicamos o trabalho do pôster em uma boa revista, as idéias não nos pertencem oficialmente. Se você apresentar uma pergunta interessantíssima e uma hipótese elegante em um congresso, seus colegas ficarão muito entusiasmados. Pode ser que um deles corra, faça o mesmo trabalho em paralelo e publique-o antes de você. Não, apesar de isso ser mau-caratismo, não é crime.
Só apresente trabalhos já publicados, em revisão, ou pelo menos depositados como preprints. Congresso não é lugar para peer review, mas para propaganda.
Sugestões de leitura
- Ten Simple Rules for a Good Poster Presentation
- Presentations: Billboard science
- #BetterPosters
- How to make an Academic Poster – Introduction
- A psicologia das cores
Agradeço a diversos colegas que contribuíram com sugestões para este guia.
* Publicado originalmente em 2007 a atualizado constantemente.
Vídeo: confira excelentes dicas para fazer um pôster eficiente, mas com uma pegada mais tradicional.
Exemplos de pôsteres científicos bem-sucedidos em eventos reais
1. Nível: profissional
Pôster apresentado por Anne Broe, Per Damkier e Anton Pottegard (responsável pelo design) na reunião da International Society for Pharmacoepidemiology 2018. Foto por Greg Fell. Mais criativo impossível!
Outro exemplo de um pôster “fora da caixinha” feito pelo mesmo designer em outra conferência:
Pôster apresentado por mim mesmo no evento “9th Bonn Humboldt Award Winners’ Forum”, promovido pela Alexander von Humboldt Stiftung na Alemanha, em outubro de 2019. O pôster atraiu muitos visitantes, com os quais conversei ininterruptamente por 2:30 h. Além de chamar a atenção para os respectivos papers (acessíveis via QR codes), consegui também oportunidades de novas colaborações. Agradeço ao Alexandre e à Renata, e também aos alunos do meu laboratório, que me deram sugestões para melhorar o pôster. Dica adicional: imprimi este pôster em tecido (poliéster), o que permitiu que ele fosse levado dobrado na bagagem de mão, eliminando o risco de extravio.
2. Nível: pós-doutorado – pôster apresentado por Luciana Lassance em 2014, na conferência da American Diabetes Association em San Francisco, EUA. Este é um pôster lindo e funcional, que serve como um excelente exemplo de que pôsteres científicos não precisam ser sempre verticais. Se o congresso em que você vai apresentá-lo te der essa liberdade, prefira o formato horizontal, que é muito mais agradável para a vista e eficiente para a comunicação.
3. Nível: doutorado.
Pôster apresentado pela Cristina Kita, no XIII Encontro Sobre Abelhas, realizado em Ribeirão Preto, SP, em outubro de 2023. O pôster atraiu grande atenção e foi elogiado por várias pessoas, tanto pelo design quanto pela qualidade do estudo apresentado. Cristina trabalhou com o conceito de elaborar o pôster como um grande infográfico, priorizando no design as imagens e a contação de estórias. Como ela realmente curte design, também escolheu com carinho a palheta, os ícones e as fontes. Foi o segundo pôster que ela apresentou em sua carreira, colhendo excelentes resultados! O pôster foi feito na plataforma Canva.
Pôster apresentado pela Amanda Machado, no XIII Encontro Sobre Abelhas, realizado em Ribeirão Preto, SP, em outubro de 2023. O conceito do pôster visava remeter o público a um edifício e a ambientes urbanos em geral. Amanda teve grande sucesso em sua apresentação, atraindo vários visitantes e fazendo novos contatos importantes para sua carreira.
Pôster apresentado pela Insa Wagner, na Annual Conference of the Society for Tropical Ecology 2012, na Alemanha, que recebeu o “Merian Award for the Best Poster”.
Pôster apresentado por Vinícius Rodrigues, Lucas Perillo e Felipe Carmo no III Simpósio Brasileiro de Biologia da Conservação, no qual ele e seus colegas relatam a experiência de organizar uma conferência online através da Bocaina Conservação. O pôster ficou simplesmente lindo!
Pôster apresentado pela Renata Muylaert, no evento “Workshop on Skills for Young Scientists/Increasing Diversity in STEM“, realizando em São Paulo, SP, em outubro de 2019. O objetivo dela era apresentar uma síntese sobre o nosso blog. O pôster fez um enorme sucesso e ela conseguiu trocar experiências com várias pessoas que também atuam em divulgação científica.
Pôster apresentado pelo Gustavo Burin, no evento Evolution, realizado em Providence, EUA, em 2019. Este poster segue as recomendações do movimento #BetterPoster.
4. Nível: mestrado – poster apresentado por Gabriel Félix no Brazilian Humboldt Kolleg 2016, realizado em São Carlos, SP, em 2016. Neste pôster o Gabriel conseguiu pensar fora da caixinha, fazendo um design que foge totalmente ao padrão acadêmico tradicional, com a ajuda de um template modificado a partir do Piktochart. Tratava-se de um evento transdisciplinar, com pessoas das mais diferentes áreas do conhecimento humano (ciência, artes, tecnologia). Portanto, o pôster teve uma pegada de divulgação científica, omitindo detalhes técnicos e focando na mensagem central.
5. Nível: iniciação científica – pôster apresentado por Tiago Y. Andrade no IV Congresso Brasileiro de Mastozoologia em São Lourenço, MG, em 2008, que foi muito elogiado por sua concisão. Hoje, eu sugerira que o Tiago fizesse algumas coisas de outra forma. Por exemplo, evitar texto em preto sobre um fundo verde escuro, que gerou um contraste ruim. Também sugeriria construir os gráficos com fontes maiores, cuidando melhor da legibilidade e atratividade. Além disso, legendas e figuras de pôsteres geralmente são desnecessárias.
Republicou isso em Aprendiz De Professor.
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Excelentes dicas e sugestões. Ajuda muito, também, ler os comentários postados sobre este texto!
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Fico feliz por estarmos ajudando! 😊
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nossa muito legal , obrigada pela sua ajuda, salvou minha pele de iniciante. Valeu!!
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De nada! Fico feliz por ter ajudado! 😊
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Excelente texto, Marco! Muito obrigada por compartilhar!
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Legal encontrar suas dicas, quem divide conhecimentos multiplicas sempre os seus…
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Muito obrigada por partilhares essa informacao, brevimente vou a um Symposium, as dicas foram muito uteis…………………….
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MUITO OBRIGADA! MAIS GOSTARIA QUE VOCÊ COMENTASSE MAIS A CERCA DOS DESTAQUES E COMO CITAR AS REFERÊNCIAS. POIS LOGO MAS TENHO UMA APRESENTAÇÃO SOBRE ESSE TEMA.
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Josilene, para pôsteres, não é costume exigir detalhes no formato. Muitas pessoas, incluindo eu, nem fazem citações em pôsteres.
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OLÁ! MARCO O ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHA TEM ALGUMA REGRA PARA ELE?
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Josilene, na minha área, Ciências Biológicas, nunca vi darem regra para espaçamento em pôsteres científicos. Em geral, a única regra que dão tem a ver com as dimensões do pôster, sendo padrão o tamanho 100 x 90 cm, mas com muitas exceções.
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Oi Marco
Muito bom o texto; vai me ajudar bastante a fazer um poster no final do ano para um congresso que participarei.
Porem tenho um comentario sobre essa frase
“É sempre preferível apresentar uma palestra do que um pôster, contudo poucos têm essa oportunidade em congressos, sendo essa uma honra reservada aos colegas mais experientes ou com trabalhos mais inovadores. A esmagadora maioria dos participantes de um congresso comunica suas descobertas por meio de pôsteres.”
Nao sei como e no Brasil, mas pelo menos aqui no Canada a maioria das pessoas faz apresentacoes. Mesmo estudantes de mestrado sao estimulados a fazerem apresentacoes ao inves de posters. Claro que tem poster, mas uma boa parte e feita para apresentar trabalhos que nao estao concluidos (sem resultados) por exemplo.
De qualquer maneira, como voce disse, posters sao muito melhores para uma discussao mais aprofundada do assunto. Vou usar suas dicas para montar o meu pro final do ano.
Abracos
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O legal é fazer esses posteres para ciencia humanas! Eles sempre ficam cheios de texto e nao faz muito sentido colocar esquemas ou imagens pra explicar. Eu prefiro montar slides e falar pro publico! Mas bem legal suas dicas, parabens!!
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Obrigado! Como sempre digo, alguns costumes variam de área para área. Aqui minhas dicas são mais enviesadas para as ciências naturais, especialmente as biológicas.
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Queria saber se colocamos referências ou citações em postêres?
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Nadja, aí vai a gosto do freguês. Tem gente que coloca, tem gente que não. Eu prefiro colocar no máximo uma meia dúzia, para dar crédito às idéias que ajudaram a construir as premissas da minha hipótese de trabalho.
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Muito obrigado! segui suas dicas e fui selecionado como um dos melhores posteres do simpósio que participei. =D
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Parabéns!
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Muito obrigada por disponibilizar esse texto tão útil, estou muito ansiosa por apresentar meu primeiro pôster, e pude clarear as ideias para confeccionar o meu.
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Boa sorte, Márcia! O primeiro pôster a gente nunca esquece! rs
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Alguma dica de tamanho para o pôster? Obrigado!
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Rafael, em geral pôsteres científicos têm 100 x 90 cm. Mas isso varia, então siga as normas de cada congresso. Sempre aproveite o máximo do espaço dado.
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Muito bom! Me ajudou bastante, já que eu não tinha ideia de por onde começar meu primeiro poster! Obrigada!!
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Muito esclarecedor….. muito obrigada pelas dicas….foram muito valiosas.
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De nada, pessoal! Fico feliz em poder ajuda-los.
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Olá, Marco
Organizo anualmente o Fórum de Pesquisa em Arte da Escola de Música e Belas Artes do Paraná e preciso de um texto para quem elaborar um poster. Dentre os textos que encontrei, o seu é, sem dúvida, o mais claro e didático. Gostaria de saber se você me permite sintetizá-lo e adicionar alguns elementos específicos para a nossa área e publicá-lo no nosso site, sempre referenciado. Se concordar, preciso saber se a autoria é sua e qual o seu nome completo. Agradeço muito, antecipadamente.
Dra. Elisabeth Prosser – Embap/Unespar
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Elisabeth, o texto é de minha autoria, sim, e pode usá-lo sem problemas. Se fizer modificações, apenas cite a fonte dizendo “modificado a partir de…”. Meu nome é Marco Aurelio Ribeiro de Mello, mas uso apenas Marco Mello na academia.
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Obrigada por postar coisas interessantes e praticas… Lívia
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Oi Marcos, obrigado pelas dicas. Para mim que estou no primeiro poster (embora já tenha algumas publicações) foi muito útil. Além disso os seus outros artigos são bem esclarecedores. Já passei adiante o endereço do seu blog.
Abraço!
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