Como muitos acadêmicos já sabem e eu venho falando há tempos aqui no blog, a ciência brasileira entrou na UTI em 2014 e agora estão decidindo se vão mantê-la viva ou não.
A ciência está em toda parte, mesmo que você não saiba. Ela está no smartphone que você usa, na lâmpada que acende em casa, nos remédios que toma, na água tratada que bebe, nas hortaliças que consome, no aparelho de ultrassom que o seu médico tem no consultório e em um monte de outras coisas. Todos esses produtos, serviços e tecnologias nasceram a partir de pesquisas científicas. E a ciência básica, financiada no mundo inteiro pelo Estado, com dinheiro de impostos, é a base de todo esse avanço.
Vários governos cometem o erro de cortar os investimentos em ciência, sempre que pinta uma crise. Aqueles que fazem o contrário de forma consistente, investindo em ciência, tecnologia e educação a longo prazo e de forma estável, geralmente são os que mais rápido se recuperam.
Nesses tempos de pós-verdade, alguns governos mais avessos ao conhecimento chegam ao cúmulo de perseguir cientistas, cortando deliberadamente verbas da Academia, só porque eles não podem ser cooptados facilmente.
Como, infelizmente, a maior parte da população não entende o que é ciência, como ela é feita e para que serve, esse tipo de corte orçamentário não gera revolta nem perda de votos. O efeito da falta de investimento em ciência, tecnologia e educação só é sentido a médio e longo prazo, uma escala de tempo que não existe para muitos políticos.
O governo brasileiro vem cometendo esse mesmo erro desde 2014, quando cortes profundos e arbitrários começaram a ser feitos do dia para a noite nos orçamentos do MEC, MCITC, CNPq e Capes. Chegamos a um ponto em que institutos e universidades estão sem dinheiro até mesmo para pagar as contas de água e luz.
Ciência gera conhecimento e conhecimento é poder!
Ciência não é gasto, é investimento!
Assista o vídeo abaixo, produzido por alguns dos cientistas mais proeminentes do Brasil.

Triste constatar que o corte de verbas para a Ciência nacional independe de ideologia partidária, do (des)governo da vez ou de quem esteja representando a pasta. Ano após ano somos crivados de novas exigências, obliterados em nossos planos e precarizados em nossas iniciativas. Mas devemos dar uma virada e propor uma saída. Mas de que forma?
CurtirCurtir
Obrigado por sua mensagem, Claudio. Sim, triste mesmo. Precisamos de duas coisas: nos aproximar mais da sociedade e aprender a fazer lobby.
CurtirCurtir